sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Homem sobrevive depois de ter o cérebro atravessado por vergalhão que caiu do 5º andar.

O acidente de Eduardo Leite, de 24 anos, foi registrado na 10ª DP (Botafogo). A delegada Andrea Nunes tenta determinar as causas do acidente e a regularidade da obra. Testemunhas e responsáveis pela obra devem ser ouvidos nos próximos dias. Local e vergalhão serão periciados.
O acidente não deixou Eduardo tetraplégico por apenas três centímetros. O jovem trabalhava em obra de prédio em Botafogo, na quarta-feira de manhã, quando foi atingido pela barra de ferro, que caiu do quinto andar do edifício.A estrutura atravessou o capacete do trabalhador por trás, atingiu a área direita do cérebro e saiu pelo rosto, entre os olhos.
Os bombeiros socorreram a vítima às 9h15 e cortaram um metro do vergalhão. Às 10h30, Eduardo chegou ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, e, às 11h, foi para o centro cirúrgico, onde passou por delicada cirurgia durante cinco horas.

Segundo os médicos, ele chegou consciente e contou o que havia ocorrido. Na unidade de saúde, o caso foi considerado um milagre.

“Nunca tivemos um caso desse aqui. Se o vergalhão tivesse entrado três centímetros ao lado, atingiria a parte responsável pela coordenação motora. Ele não poderia mexer pernas e braços. Se fosse a um centímetro, poderia atingir o globo ocular e afetar a visão”, declarou Luiz Alexandre Esinger, diretor da unidade, que é referência em neurocirurgia.

Três médicos participaram da operação. Eles tiveram de raspar parte do crânio e abrir a meninge — membrana que reveste o cérebro —, para retirar, pela frente, o vergalhão. Depois, cauterizaram os vasos sanguíneos afetados.

“Ele está bem e não apresenta sequelas. É impressionante. Agora é esperar a regeneração do cérebro”, explicou Esinger. Eduardo está no CTI em observação. O risco maior é de infecção por causa da poeira que entrou com a barra de ferro.
Eduardo é casado e tem dois filhos. Ele está com os olhos e o rosto inchados, mas passa bem. O paciente deve receber alta em uma semana.

Fonte: odia.ig.com.br

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