quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Sobe para 13 número de vítimas em atentado na Tunísia.


O Ministério de Saúde da Tunísia elevou nesta quarta-feira para 13 o número de vítimas mortais no atentado de ontem contra um ônibus militar no centro da capital, e para 20 o de feridos, entre eles quatro civis.

Em entrevista à rádio local "RTC", o responsável de Saúde tunisiano, Said Aidi, informou que a maioria dos feridos - vários deles graves - estão internados no hospital militar da cidade de Marsa, nos arredores da capital.

O atentado aconteceu por volta das 17h30 (14h30 em Brasília) na avenida Mohammed V, uma das principais artérias da capital, quando uma bomba explodiu na passagem de um ônibus da guarda presidencial na frente da sede do antigo partido do ditador Zine El Abidine Ben Ali, derrubado em 2011.

Até o momento nenhum grupo reivindicou o massacre, mas as autoridades apontaram como responsáveis os grupos jihadistas locais vinculados ao autoproclamado Estado Islâmico (EI) que combatem o governo desde 2011 na região de Kaserin, região montanhosa próxima à fronteira com a Argélia.

Essa área é, há quatro anos, lugar de reunião para membros de movimentos radicais como o próprio EI e a organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que partem dali para combater em Síria, Iraque e Líbia.

Por causa do atentado, ontem à noite o presidente do país, Beji Caid Essebsi, decretou estado de emergência durante 30 dias e impôs um toque de recolher noturno.

Desde as 7h da manhã (4h em Brasília) de hoje ele está reunido a equipe de governo e o gabinete de crise para desenhar novas medidas de segurança.

Na rua, no entanto, reina a calma nesta manhã, com o trânsito um pouco pior do que o normal por causa dos vários postos de controle estabelecidos em vários pontos da capital, onde a presença da polícia é maior.

Atividades como o Festival de Cinema de Cartago, o mais antigo da África, mantiveram a programação habitual, apesar de ser considerado um alvo dos jihadistas.

"Não queremos que os terroristas vençam e imponham o medo, que é o que querem. Estamos tristes, estamos com raiva, mas não estamos abatidos. Vamos continuar", garantiu Saleh Bakara, um comerciante do centro da capital, resumindo o sentimento de muitos de seus compatriotas.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

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