domingo, 1 de setembro de 2013

Após novo vazamento, radiação em Fukushima atinge nível crítico.


Na semana passada, o operador responsável pela planta informou que uma quantidade ainda não identificada de água radioativa vazou de um tanque de armazenamento. Leituras mais recentes realizadas perto do local indicam que o nível de radiação chegou a um patamar crítico, a ponto de se tornar letal com menos de quatro horas de exposição.

A usina nuclear de Fukushima sofreu um forte dano em sua estrutura devido a um terremoto seguido por um tsunami em 2011. A companhia de eletricidade de Tóquio (Tepco) informou inicialmente que a radiação emitida pela água vazada era de 100 milisieverts (unidade internacional de radiação) por hora. No entanto, posteriormente, o órgão refez a medição e descobriu que o equipamento utilizado na primeira leitura só conseguia verificar níveis de radiação de até 100 milisieverts.

A nova medição, para a qual foi usada um aparelho mais sensível, indicou um nível de 1,8 mil milisieverts por hora. O resultado terá implicações diretas para as doses de radiação recebidas pelos operários que passaram muitos dias tentando interromper o vazamento na semana passada, afirmou o repórter da BBC em Tóquio Rupert Wingfield-Hayes.
Além disso, a Tepco disse que descobriu um novo vazamento em outro cano que emite níveis de radiação de até 230 milisieverts por hora.
Desde o tsunami, a usina de Fukushima já sofreu uma série de vazamentos e quedas de energia.

Naquele ano, a força das águas interrompeu o funcionamento dos sistemas de refrigeração dos reatores. Três deles derreteram por causa do incidente. Para evitar uma tragédia de maiores proporções, o governo japonês precisou manter um constante bombeamento de água para refrigerar as estruturas.

Foi a quarta vez que um grande vazamento ocorre nos tanques de armazenamento de Fukushima desde 2011. Também foi o pior de todos em termos de volume vazado.
Após a última ocorrência, a agência reguladora de energia nuclear do Japão elevou o nível de alarme de 1 para 3 na escala internacional, que mede a gravidade de acidentes atômicos.
A escala vai de 1 (menor grau) até 7 (maior grau).
Especialistas dizem que a quantidade de água vazada pode ser pior do que as autoridades informaram inicialmente.

Fonte: bbc.co.uk

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